Segundo informa a agencia CSW, os cristãos que vivem em Minia, Beni Suef, Fayoum e Assiut estão recebendo ameaças especificas de islamitas para que se mudem se não quiserem ser atacados nos próximos dias. Em Minia, as casas e os negócios dos cristãos foram marcados com um X preto, como aviso definitivo de que estão entre os objetivos a serem destruídos.
Cerca de cinquenta templos, assim como vários escritórios de ministérios, orfanatos ou escolas cristãs sofreram graves danos nos últimos dias de conflito no Egito, onde a raiva islâmica foi empregada com fúria contra os compatriotas cristãos.
O conflito político no Egito tem uma forte carga religiosa. A Irmandade Muçulmana, que ganharam as eleições por uma estreita margem e foram perdendo o apoio de parte de seus seguidores nos meses de governo, acusou de incitar o golpe de Estado à minoria cristã. Embora representem apenas 10% da população egípcia, os islamitas responderam à repressão das forças de segurança com violência contra os cristãos.
PASSIVO PARA PROTEGER SUAS VIDAS
O caos desencadeado na quarta-feira passada teve consequências imediatas para os cristãos, que assistiram a destruição e saque de seus templos sem mostrar oposição. Segundo um líder da igreja copta, os cristãos são aconselhados a não tentar defender as propriedades de grupos armados e violentos que foram implantados em várias cidades do país.
Os coptas, tanto em sua facção ortodoxa como católica, manifestarão seu apoio ao governo transitório e as forças de segurança. Em sua opinião, a luta é a ‘do Egito’ contra grupos “armados, violentos e terroristas”.
COPTAS: MANIFESTA APOIO A FORÇAS DE SEGURANÇA
A igreja Católica Copta rejeitou especificamente a interferência de nações estrangeiras no conflito e mostrou o seu apoio a policia e as forças armadas. O patriarca católico copto de Alexandria e presidente da Assembleia dos patriarcas e dos bispos do Egito indica que “com sofrimento mas também com esperança, a Igreja Católica no Egito esta seguindo o que o país esta sofrendo: ataques terrorista, assassinatos, incêndios as igrejas, colégios e instituições publicas”.
E precisa que “movidos pelo amor por nosso país e em sinal de solidariedade com todos aqueles que amam o Egito, seja cristãos ou muçulmanos, queremos segundo nossas possibilidades comunicar com as numerosas organizações do mundo para esclarecer a verdade dos fatos”.
A igreja tem denúnciado os meios de comunicação internacionais por “difundir mentiras e falsificar a verdade com a finalidade de desviar a opinião publica mundial“, mas também agradece aqueles meios “egípcios e estrangeiros que transmitiram as noticias e os fatos com objetividade e honestidade”.
Aproveitaram também para agradecer a “todos nossos compatriotas muçulmanos respeitáveis que estiveram próximo de nós segundo as suas possibilidades, para defender nossas igrejas e instituições“. E terminaram o comunicado enfatizando que o Egito “não enfrenta um conflito político entre facções, mas uma luta de todos egípcios é contra o terrorismo“.
Com informações de AP, CSW, Huffington Post, Protestante Digital
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