Irã é banido indefinidamente das competições globais de judô por recusa em competir contra israelenses

A ministra da Cultura de Israel, Miri Regev, elogiou a proibição, mas lamentou "o alto preço que os atletas iranianos terão que pagar por causa das decisões de seu regime".

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Saeid Mollaei vs Sagi Muki

A Federação Internacional de Judô (FIJ) anunciou na terça-feira que o Irã está indefinidamente proibido de competir em todas as competições futuras devido à discriminação do país contra jogadores israelenses.

A federação disse que a proibição permanecerá em vigor até “a Federação de Judô do Irã dar fortes garantias e provar que respeitará os Estatutos da FIJ e aceitará que seus atletas lutem contra atletas israelenses“.

O Irã não reconhece Israel como um país, pede sua destruição e há anos ordena que seus atletas nunca competam contra um israelense.

A proibição total ocorre depois que a FIJ suspendeu o Irã no mês passado por pressionar Saeid Mollaei, nascido no Irã, a perder deliberadamente no Campeonato Mundial de Judô de Tóquio 2019 em agosto, para evitar competir contra o concorrente israelense Sagi Muki.

Mollaei estava defendendo seu título no campeonato. Em vez de perder a competição, ele desafiou Teerã e continuou lutando.

A federação informou que Mollaei temia por sua vida depois que o vice-ministro do Esporte do Irã ameaçou a vida dele e de sua família. A IJF Media disse que oficiais de segurança nacional visitaram a casa da família de Mollaei no Irã e os ameaçaram.

O Comitê Executivo da FJ considerou que tal conduta é intolerável”, afirmou a federação.

Mollaei está agora escondido na Alemanha.

A proibição é um grande golpe para o Irã porque os atletas do país estão entre os melhores do mundo no judô.

A República Islâmica deve apelar da decisão da FIJ no Tribunal de Arbitragem do Esporte na Suíça. Teerã tem 21 dias para recorrer.

A FIJ disse anteriormente que quaisquer ações disciplinares tomadas contra o Irã não se aplicarão diretamente às Olimpíadas de 2020 porque os atletas são inscritos pelo Comitê Olímpico Iraniano, não pela FIJ.

No entanto, o ranking internacional dos atletas iranianos de judô e, portanto, sua capacidade de se classificar para as Olimpíadas depende muito dos eventos da FIJ.

A ministra da Cultura de Israel, Miri Regev, elogiou a proibição, mas lamentou “o alto preço que os atletas iranianos terão que pagar por causa das decisões de seu regime”.

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