Representantes de igrejas de diferentes religiões no México reconheceram que os cristãos e os templos têm sofrido ataques do crime organizado nos últimos dias.
Oscar Moha, presidente da organização evangélica ‘A Favor de la Libertad Religiosa”, disse que em um ano pelo menos 32 pastores foram vítimas de crimes que vão desde sequestro relâmpagos, até pagamento de taxas para algumas organizações criminosas.
“Tem havido sequestros relâmpagos porque os criminosos sabem que os pastores pagam, então sequestram a esposa, sobrinho, filho ou o próprio pastor e pede resgate, como forma de extorquir especialmente as igrejas que tem grandes recursos”, disse.
No entanto, a extorsão tem indo cada vez mais longe, com ameaças de atacarem os fiéis.
“Como exemplo, um pastor em Monterrey, ia fazer um grande evento para 25 mil pessoas e os Zetas disseram que teriam que pagar 35 mil pesos, se não colocariam granadas no local. Então o pastor teve que pagar essa quantia para realizar o evento”, disse.
Enquanto aos saques em templos, Moha, disse que desde 2011 ate hoje foram registrado 17 roubos a templos cristãos em que os ladrões tem levado desde instrumentos, veículos e dinheiro.
Ele acrescentou, ainda, que dois pastores foram mortos no ano passado, um em Tabasco e um em Durango.
Moha, disse que os estados do Norte são aonde que se concentraram os ataques contra a Igreja Cristã.
Quanto à Igreja Católica, Padre Antonio Camacho da Comissão Episcopal para a Pastoral da Comunicação, disse que os sacerdotes não estão isentos de ataques criminosos.
“O que vemos é que para eles (criminosos) o valor da fé, e o valor de ser religioso esta sendo perdido e por esse motivo acreditamos que tem havido uma falta de respeito e isso tem motivado que não tenham nenhuma consideração a qualquer das igrejas”, disse ele.
Camacho disse que a sociedade está passando por uma crise de valores e que “a igreja está preocupada” com os ataques registrados contra alguns padres.
Na Igreja Mórmon, por outro lado, não houve tais ataques registrados de acordo com José Antonio Ruiz Guadiana, responsável pela segurança das igrejas dos Santos dos Últimos Dias.
“Não temos nada para que se roubarem, exceto, cadeiras, bancos, extintores; não somos muito atrativos para o roubo, pois o que temos em nossos centros de reunião é o mínimo“, disse ele.
Traduzido e adaptado de elnuevoherald. por Portal Padom
Deixe sua opinião