Hamburgo Velho recebe a igreja evangélica restaurada

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igreja-restauradaApós 15 meses em obras, reinauguração da Três Reis Magos foi festejada ontem.
As badaladas do sino anunciaram o início de uma grande festa no bairro Hamburgo Velho, na ensolarada manhã de domingo. Após o culto festivo, era hora da comunidade se abraçar e comemorar a reinauguração da Igreja Três Reis Magos. Após quinze meses de intensas obras de restauração, a igreja evangélica está pronta para receber fiéis, amigos e admiradores do prédio que, mais do que um local de orações, é um patrimônio histórico e cultural da região.
“Ficou tudo muito bonito, pois foi feito com muito amor e fé”, comentou o mecânico aposentado Irton Becker, 75 anos. Ele e a esposa Anilda Becker, 72, dona de casa, serviam chá em frente à igreja, para brindar com outros fiéis a conquista. “Cada um fez o que podia, ajudou a vender rifa, fez uma doação, comprou um banco da igreja – essa reforma é de toda a comunidade”, explicou dona Anilda, toda orgulhosa.
E não poderia ser de outra maneira. Um dos coordenadores da restauração, Leandro Hennemann, também membro da diretoria da igreja, comentou que a restauração só foi viável pela união de toda comunidade. “Desde a pequena doação, as palavras de apoio até o grande incentivo dos empresários, somente todos juntos pudemos fazer essa grande obra.”

Custo
A restauração custou em torno de R$ 220 mil. No período, a igreja foi interditada por dois meses. No momento em que Hamburgo Velho comemorava a reinauguração de sua igreja, a comunidade se mobilizava pela revitalização do bairro. Prédios históricos, galerias de arte e estabelecimentos comerciais estiveram de Portas Abertas no domingo, destacando as potencialidades locais. Entre as atrações, a banda do 19.º BIMtz de São Leopoldo, apresentações musicais e almoço colonial.

Prédio antigo tinha problema na estrutura
A Igreja Três Reis Magos foi construída no início do século passado. Por isso, quase cem anos depois, os pilares de sustentação estavam apodrecidos. “Suas bases tinham cedido, e não sustentavam mais o telhado, empurrando as paredes externas para fora”, explica Leandro Hennemann. Rachaduras já ameaçavam a igreja – era preciso uma restauração total. Para isso, além de técnicas avançadas de arquitetura e engenharia, foi empregada muita pesquisa histórica que permitiu manter as características originais e resgatar aquelas perdidas ao longo dos anos.

Diário de Canoas/www.padom.com

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