Há esperança para o que um dia morreu Há esperança para o que um dia morreu

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“Logo depois Jesus foi a uma cidade chamada Naim, e iam com ele os seus discípulos e uma grande multidão. Quando chegou perto da porta da cidade, levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva. E com ela grande multidão da cidade.” (Lc.7.11-12)
Saindo da Cidade um cortejo fúnebre, encabeçado por uma mulher, que amargava a dor de ser viúva, vista pela sociedade como alguém incapaz, inútil ao ponto de ter que viver dos favores de outros, pois por ser mulher não poderia trabalhar. Fragilizada por não ter mais seu companheiro agora teve arrancado de suas mãos pela morte seu único filho. A situação daquela mulher era desesperadora e irreversível, já que agora não possuía mais quem a sustentasse e sua única razão de sorrir e de viver, a única expressão de amor, carinho e conforto estava morto.
Gostaria de lhe convidar a refletir sobre a situação daquela mulher, e de certa forma colocar-se em seu lugar. Imagino que enquanto o cortejo seguia, ela lembrava-se de seu filho ainda bebê, enquanto o amamentava em seus braços, enquanto as pessoas choravam, ela lembrava-se do sorriso de seu filho, primeiros passos, primeiras palavras, das conversas que tiveram, de como se apoiaram depois da morte do chefe da família, dos planos e sonhos que possuíam. Acredito que uma frase lhe atormentava a mente: “E agora, o que será de mim? Perdi tudo que mais amava. Meu marido e agora meu único filho, não há mais motivos para viver.”
Ao seu lado o corpo frio de seu filho, ao seu redor choro e sofrimento. Este era o quadro vivido pela aquela mulher.

Eu lhe pergunto nessa hora:
Quantas foram as suas perdas?
Quantos sonhos ou projetos você viu morrer?
Quantas vezes você se perguntou, e agora?

“Vendo-a, o Senhor sentiu compaixão por ela, e lhe disse: NÃO CHORES !” (Lc. 7.13)
É importante refletirmos neste encontro, pois Jesus por ser judeu, estaria por lei considerado imundo por sequer se aproximar daquelas pessoas. Assim, mesmo sabendo se tratar do mestre Jesus Cristo, aquela mulher não contava com seu socorro.
Porém, Jesus Cristo, o dono da vida, onisciente, todo poderoso, não limitado por lei humana, chegou-se àquela mulher e lhe disse: Mulher, não chores!
A Bíblia não relata, mas podemos imaginar o coração daquela mulher se enchendo de esperança, ali estava o tão falado Jesus, aquele a quem os gentios chamavam de filho de Deus, aquele que ela ouviu falar de Nazaré, que curou e libertou, estava diante dela.

“Chegando-se, tocou o esquife (Espécie de tábua/maca) e parando os que o levavam disse: Jovem, a ti te digo: Levanta-te. O defunto assentou-se, e começou a falar, e Jesus o entregou à mãe dele.” (Lc. 7.14-15)

Aqui podemos contemplar um milagre tremendo, pois Jesus não só aproximou-se do jovem, mas o tocou, é importante entendermos que aquele corpo estava coberto apenas por lençóis e Jesus tocou o corpo do jovem e ordenou: Jovem levante-se.
Neste momento, a vida teve que dar um jeito de voltar àquele corpo, os órgãos já iniciando o estado de apodrecimento foram regenerados, o coração já enrijecido volta a bater bombeando o sangue, antes pastoso frio, agora líquido e quente, os músculos, tendões, pele, tudo a ordem de Cristo voltou à vida. Em segundos aquele jovem estava sentado e não só isso, estava falando, testificando o milagre completo do Rei dos Reis.
Aquela mulher teve de volta seu filho amado, com ele a esperança, a vida e a salvação de sua alma, juntamente com a salvação de tantos outros que presenciaram aquele momento extraordinário.

Pare e pense um pouco.
Talvez você venha carregando um esquife e envolta a panos, esteja sua própria vida. Pois você acredita que não tenha mais solução para ela, você não nasceu mesmo para ser feliz. Quem sabe você desistiu de orar por alguém que você ama, e não mais agüenta carregá-lo, para esta pessoa não há mais solução, já fiz de tudo. Talvez você viu morrer sua fé, seus dons, um ministério, um chamado, um sonho….
Aquela mulher não sabia, mas sua vida estava prestes a ser impactada com o poder de Deus.
Hoje Deus marcou um encontro especial com você e quer como fez no passado, impactar sua vida poderosamente. Sabemos que há momentos que sequer temos forças para orar, não temos voz para clamar a Deus por um milagre, por uma solução, por uma cura, desistimos até de viver. Mas é neste momento que o Senhor, sabedor de todas as coisas, tem compaixão de nós e vem a nosso encontro e traz a existência àquilo que era impossível, contrariando tudo e todos, opera milagres. Hoje é este momento, o Senhor te trouxe aqui para dizer que está pronto a trazer a vida aquilo que um dia morreu, para ressuscitar sua esperança, para te dizer que jamais te desamparará, que sua família pertence a Ele, que seus planos e Sonhos, estão escritos na palma de suas mãos que Ele não se esqueceu de você, que seu chamado está vivo e que aquilo que Ele prometeu será cumprido na tua vida.
Creia, confie, espere, pois a caravana da vida está a sua porta, adore a Ele, pois é chegada à hora da sua restituição.
Mesmo que tudo parece contrário, mesmo que lhe pareça impossível, que as leis, a medicina, a razão digam que NÂO, o Senhor te diz nessa hora, SIM!

Por Saulo Veríssimo

Fonte: IEVCA / www.padom.com.br

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