Giuliano espera realizar o sonho de capitão

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Meia curitibano, caso o Brasil conquiste o pentacampeonato mundial, será o responsável por erguer a taça. Jogador admite que já sonha com a cena consagradora É obsessivo. Basta Giuliano deitar para sonhar com o momento de erguer a taça Fifa da Copa do Mun do sub-20. As imagens têm sido ainda mais recorrentes depois do desembarque no Egito, no fim do mês passado, com o restante da se leção brasileira da categoria, para a disputa do Mundial. “Sonho sempre, várias vezes”, confirma ele, por telefone, do Cairo.
Se é premonição ou não, o curitibano criado na Vila Lindoia e nas divisões de base do Paraná não sabe dizer. Mas o sonho enche o meio-campista do Internacional de esperança para a final de hoje, às 15 horas (de Brasília), contra Gana. “Acreditamos na gente, nos nossos desejos. Que seja feita a vontade de Deus”, prega o evangélico fervoroso, com casamento marcado para o fim do ano.
O discurso religioso não é à toa. O camisa 10 e capitão do time sub-20 se inspira em outro craque da 10: Kaká. Dentro e fora de campo. “É o meu exemplo. Como jogador e pela vida que leva. Nunca sai na mídia coisas ruins sobre ele. E é um cara que crê muito em Deus, assim como eu”, diz.
O posicionamento agradou em cheio o técnico Rogério Lourenço. Tanto que ainda no Rio de Janeiro, durante a fase de treinamento, avisou ao grupo que entregaria a braçadeira ao paranaense. “Sou um cara muito tranquilo. Tento ajudar os outros com as minhas experiências de vida”, revela o armador de 19 anos, candidato ao prêmio Bola de Ouro, dado pela Fifa ao melhor jogador do torneio.
A experiência de Giuliano diz que se o Brasil repetir hoje, contra Gana, o futebol das outras seis partidas (cinco vitórias e um empate), dificilmente deixará o Estádio In ternacional do Cairo sem dar a volta olímpica. “Somos muito conscientes da responsabilidade – e do privilégio – que é disputar uma fi nal de Copa do Mundo com a ca misa da seleção brasileira. Estamos confiantes”, diz ele, que, mesmo a distância, procura se manter ligado ao que acontece na antiga casa. “Torço para o Paraná voltar à Pri meira Divisão. Deixei o clube de certa forma triste por não ter conseguido classificá-lo”, afirma ele, uma das poucas boas notícias na Vila Capanema em 2008 – o Tri color usa o dinheiro da negociação com o Inter, feita de forma parcelada, para ajudar a quitar a folha sa larial do atual elenco.
O estado tem outro representante na decisão do Mundial sub-20. O atleticano Renan ainda não sabe se será titular. Mas já faz planos de como parar o atacante Di minic Adiyah, artilheiro da Copa com oito gols. “Ele é um jogador de já mostrou ser perigoso. Te mos de ter muita atenção”, explica o lon drinense, que completou 20 anos há uma semana. “Temos que manter o foco. Chegamos até a fi nal jogando um futebol alegre, mas com responsabilidade. Aqui to do mundo está aparecendo sem ninguém querer aparecer”, emenda o Foguinho, mostrando o caminho para que o sonho do conterrâneo – e o seu próprio – vire realidade.

Gazeta do Povo / Padom

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