Líderes das gangues “Mara Salvatrucha” e da Calle 18, consideradas como as mais violentas de Honduras, que estão presos, prometeram esta semana reduzir a violência em seu país e pediram perdão a Deus, a sociedade e as autoridades.
“Queremos pedir a Deus que nos ilumine (…), que nos ajude neste processo que queremos, mais do que qualquer coisa diante de Deus pedimos perdão por tudo, pedimos perdão para a sociedade se algum momento lhe causamos algum dano, pedimos perdão as nossas autoridades“, disse um dos integrantes da Mara Salvatrucha.
O desejo de ajudar a reduzir a violência por parte de gangues foi expressa por seus líderes no Centro Penitenciário San Pedro Sula, no norte de Honduras, com a mediação do bispo auxiliar daquela cidade, Rómulo Emiliani.
O primeiro líder da Mara Salvatrucha, que nãoi se identificou, disse que ele resolveu sua gangue é que “queremos fazer algo positivo para que a sociedade perceba que de fato queremos mudança. Não queremos mais violência, não queremos mais crimes ou violência nas ruas, queremos trabalhar.” eles querem que o governo lhes ajude proporcionando serviços para trabalhar e ganhar a vida de maneira honesta.
Um dos representantes da Calle 18, que também não se identificou disse aos jornalistas, que a vontade deles ‘não são apenas em palavras’ mas querem demonstrar com provas disponíveis, para ‘colaborar para abaixar o índice de violência’.
“Estamos conscientes de que fizemos algo mal, por isso estamos pedindo perdão ao público, precisamos que nos escutem e nós damos a palavra que vamos reduzir o índice de violência e vamos ter um melhor controle“, disse ele.
Com 85,5 homicídios anuais por cada 100.000 habitantes, Honduras têm a taxa de homicídios mais elevada do mundo.
O anúncio das gangues hondurenhos ocorre um dia depois de seis gangues de El Salvador terem entregado armas e explosivos à Organização dos Estados Americanos, como parte de uma “trégua” que tem contribuído para reduzir as mortes no país.
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