Formando denominações

352

Recentemente ouvi um pastor de uma determinada denominação dizer, “Eu sou um cristão luterano. Isto significa que minhas raízes históricas e teológicas se prendem à Alemanha.” Quando ouvi isso, pensei, “Eu sou um cristão segundo o Novo Testamento. Isto significa que minhas raízes históricas e teológicas se prendem a Sião.”
Infelizmente, porém, conceitos sectários estão se infiltrando no vocabulário dos cristãos. Pregadores progressistas falam freqüentemente em “nossa irmandade” e “nossa camaradagem”. Contudo, dificilmente falarão em “nossa fé”, com um sentido partidário, ou “nossa igreja”, como uma denominação entre muitas. Há somente “uma fé” (Efésios 4:5), e a “igreja” pertence a Cristo (Mateus 16:18). Do mesmo modo, somos mandados amar os irmãos (1 Pedro 2:17), e os apóstolos nos deixaram um registro permanente de documentos inspirados, “para que matenhais comunhão conosco. Ora, a nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho Jesus Cristo” (1 João 1:3). Se há apenas uma fé e um corpo de Cristo, então há somente uma comunhão de santos em geral. E há somente uma irmandade, a menos que alguém reivindique outra paternidade que não a de Deus.
Os cristãos que seguem o Novo Testamento são membros de um corpo universal de Cristo, que inclui todos os cristãos, e eles devem esforçar-se para serem membros de uma congregação local fiel. Além disto, o Novo Testamento não contém nenhuma instrução ou autorização para participação em qualquer outro corpo religioso. Uma coligação de igrejas locais formando uma seita maior ou denominação ocorre sem precedentes nas Sagradas Escrituras.
O problema com as denominações é que elas procuram organizar consórcios de igrejas “da mesma fé e ordem” em torno de suas próprias sub-categorias, suas próprias tradições humanas, suas próprias agências burocráticas e suas próprias estruturas de poder. Os laços exclusivos que ligam os crentes a uma particular tradição de fé deste tipo não são encontrados no Novo Testamento; de outro modo, seriam a propriedade partilhada por todos os cristãos. Em conseqüência, não há necessidade de poder humano e vanglória — para não mencionar compromisso doutrinário — que o partidarismo de denominacões inevitavelmente perpetua.
Como um cristão segundo o Novo Testamento, não sou membro de uma quase coligação de igrejas. Fui batizado “em um só corpo”, a igreja de nosso Senhor (1 Coríntios 12:13; Colossenses 1:18). Isto inclui todas as pessoas que têm sido salvas por Jesus Cristo, que “conhece os que lhe pertencem” (2 Timóteo, 2:19). Sou, também, membro de uma “igreja de Cristo” local (conforme Romanos 16:16), um grupo de “santos” em um lugar geográfico, com seus próprios os bispos e diáconos (Filipenses 1:1). Através da associação com outros, eu reconheço igrejas fiéis em outros lugares, e quero oferecer meu auxílio e orações por elas. Este reconhecimento de outras igrejas, não obstante, nunca chega ao ponto de aprovação oficial. As igrejas que pertencem a Cristo estão em suas mãos, não nas minhas (Apocalipse 1:3).
Nunca promoverei nem defenderei nenhum tipo de irmandade de igrejas. Nossa tarefa é pregar o evangelho, e promover a lealdade a Jesus e a sua verdade. A primeira abordagem leva a pensamento partidário de denominações; a segunda conduz ao céu.

-por Mike Wilson

Portal Padom

Deixe sua opinião