Washington, 11 jun (EFE).- Jeremiah Wright, o ex-reverendo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse hoje que os “sionistas” o mantêm afastado do chefe de Estado, em referência ao setor mais nacionalista do povo judeu.
Na terça-feira, Wright tinha dito em entrevista ao jornal “Daily Press” que os judeus que cercam Obama não lhe permitem que fale com o presidente.“Disse para minha filha mais nova que falará comigo em cinco anos (se já tiver um sucessor) ou em oito anos, se já não estiver no poder”, disse o ex-assessor espiritual de Obama na terça-feira.
Durante anos Obama foi membro da congregação de Wright, que batizou suas duas filhas, mas rompeu as relações com ele e com sua igreja depois que vieram a público vídeos com sermões inflamados do pastor.
O reverendo parece decidido a seguir causando polêmica, mas tentou suavizar hoje as palavras que proferiu na terça-feira.
“Não estou falando de todos os judeus, de todo o povo da fé judaica. Estou falando dos sionistas”, afirmou hoje Wright em entrevista à emissora de rádio por satélite “Sirius”.
Na entrevista, o ex-reverendo de Obama ressaltou também que diferentes historiadores e teólogos judeus escreveram sobre a influência que a Comissão de Assuntos Públicos Americano-Israelense (Aipac, em inglês) tem sobre o Governo dos EUA e a política das Nações Unidas.
Ele insistiu em que são grupos como esses os que não querem que Obama fale sobre o que descreveu como “extermínio étnico” em Gaza, porque isso seria anti-israelense. EFE
G1/padom.com
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