O pastor Everaldo, presidente nacional do PSC, teve o seu nome citado em um depoimento do ex-executivo da Odebrecht Fernando Cunha Reis, onde afirmou que o religioso recebeu a importância de R$ 6 milhões, quando era candidato à Presidência da República em 2014.

De acordo com Fernando, Everaldo foi apresentado a ele pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que está preso em Curitiba.

Reis disse ainda que ao sair como candidato, o pastor Everaldo representaria a ala evangélica na disputa pelo Planalto, mas que devido a morte do candidato do PSB, Eduardo Campos a intenção de votos dos evangélicos migrou para Marina Silva que substituiu Campos. “Aí, ele [Pastor Everaldo] praticamente desapareceu nas pesquisas”, disse o delator.

Como já havia pago R$ 6 milhões, a empreiteira orientou Everaldo a fazer perguntas que favorecessem o candidato tucano, Aécio Neves, nos debates.

Ao ver seu nome citado em corrupção, Everaldo publicou um vídeo nas redes sociais onde afirma que não recebeu R$ 6 milhões “de nenhuma empresa”, e diz que os objetivos das acusações são para atingir a comunidade evangélica.  “O PSC faz campanhas modestas com recursos legais. Essa é uma tentativa de calar a voz dos evangélicos na política. E não conseguirão”, disse.

“Quem me acusou de receber R$ 6 milhões vai ter que apresentar alguma prova: um extrato bancário, um depósito. Tem uma lista com mais de 200 políticos que supostamente receberam dinheiro. Todos já foram identificados. Pergunto: ‘tem o meu nome?’ E respondo: ‘não’. E não vai ter”.

Segundo a prestação final de contas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), a campanha do pastor disse que arrecadou R$ 1,4 milhão. O nome da Odebrecht não aparece como doadora da campanha.

Em nota, a assessoria de Aécio Neves disse que o tucano “participou de todos os debates, realizados ao vivo e testemunhados por milhões de brasileiros, respondendo a perguntas de todos os seus adversários na campanha”. “Ele não tinha informações sobre doações feitas pela Odebrecht a outras campanhas.”

Portal Padom

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