Estevam Hernandes: “A Marcha representa a grandiosidade do corpo de Cristo e, muitas vezes, querem ocultar isso”

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Na última segunda-feira, feriado nacional de Corpus Christ, o corpo de Cristo esteve reunido na capital paulista para marchar. A 17ª edição da “Marcha para Jesus” iniciou às 10h na Estação Tiradentes do metrô e seguiu em direção à Praça Herois da Força Expedicionária Brasileira – FEB, Zona Norte de São Paulo, sob um sol de aproximadamente 35 graus. O evento reuniu até seu término, por volta das 22h, 3 milhões de pessoas, segundo à Polícia Militar.Com o tema “Marchando para derrubar gigantes”, muitos caminharam em busca de curas, milagres, e por bênçãos para familiares e amigos. “Mais uma vez a Marcha da Paz, a Marcha do amor pela nossa cidade, a Deus, a Marcha pelo próximo, porque eu vi muita gente aqui marchando pelo outro, como eu marchei pelos meus familiares, pela minha família, também com um pedido pelo meu irmão”, falou a pastora Fernanda Hernandes, filha do casal líder da igreja Renascer em Cristo, referindo-se a Felipe, internado desde agosto deste ano. Para o deputado estadual e bispo José Bruno, a busca em favor do próximo é cada vez mais rara na sociedade. “As pessoas se tornam exclusivistas, fechadas. Eu acho que cada vez mais só dentro da Igreja, do povo de Deus verdadeiro, você vai ecnontrar esse sentimento, de pessoas que amam, que oram pela nação, oram por pessoas que não conhecem, e quando ouvem um testemunho se alegram como se fosse deles, que oram por suas famílias, que marcham por familiares que não conhecem a Jesus”, expôs o bispo.

De volta ao Brasil, o apóstolo Estevam Hernandes confessou-se emocionado por poder estar na Marcha: “Não deu para segurar as lágrimas ao ver manifestações de apoio. Nossa vida sempre foi voltada para o ministério e somos gratos por nossa família espiritual […] Eu louvo a Deus porque nós somos privilegiados em poder fazer a história do Evangelho nesse país e a Marcha hoje representa exatamente a grandiosidade daquilo que é o corpo de Cristo, e muitas vezes querem ocultar isso. A Igreja nas ruas faz com que o inferno tenha que retroceder”.
Para o deputado federal e bispo Gê, a ausência do apóstolo Estevam Hernandes e da bispa Sônia Hernandes na Marcha de 2008 permitiu que outras denominações oferecessem apoio.
“Ano passado foi uma Marcha que nós até certo ponto achávamos que não seria tão abrilhantada, em função da ausência deles, toda aquela luta, perseguição que nós vivemos […] Por mais que se tenha falado, a mídia secular fez todo tipo de perseguição, uma marca ficou, porque essa marca ninguém pode tirar, que é a atuação do apóstolo, da bispa, e de todo o corpo de Cristo. Nós ficamos muito felizes porque no meio da nossa dor o meio evangélico nos acolheu, a igreja Assembleia de Deus, a igreja Batista, todas as igrejas, inclusive a igreja Universal também nos acolheu, e no final isso tornou-se um ponto de convergência da Igreja”, afirmou o bispo Gê.
Neste ano, o público evangélico marchou também apoiado pela Lei Federal N° 12.025, proposta pelo senador Marcelo Crivella (PRB) e assinada pelo presidente Luiz Inácio da Silva em agosto. Crivella também participou da Marcha, ele esteve no mesmo trio elétrico da liderança da igreja Renascer em Cristo, desde a saída até a chegada na Praça Herois da Força Expedicionária Brasileira.

Convidados
Passaram pelo palco da Praça dos Herois da FEB, cantores e grupos como: Renascer Praise, Resgate, Perpétua Aliança, Banda do PA, Banda Cusm, Além do Véu, Militantes, Tempero do Mundo, Toque no Altar, Praise Machine, RM6, FLG, Katsbarnea, Cassiane, Soraya Moraes, Mara Maravilha, Priscilla Alcantara, Talita Pagliarin, Denyse Bittencourt, Regis Danese, Kleber Lucas, Marcelo Aguiar, X-Barão e Waguinho. Além da banda americana Third Day.
“Ver o povo de Deus invadindo o campo de Marte e mostrando que nós somos um povo forte, destemido e chamado para fazer a diferença é maravilhoso”, expressou a cantora Cassiane.
Em entrevista ao Guia-me, o grupo FLG contou que já perdeu as contas de quantas vezes esteve na Marcha.”A gente já participava da Marcha antes de cantar, a gente nunca imaginava que estaria no palco um dia”, falou Sandro, um dos integrantes do quarteto.
Sandro ressaltou que apesar de um som dançante, o quarteto tem a preocupação de que a apresentação não se resuma em um show: “A gente tem certeza que na Marcha as pessoas vêm em busca de alguma coisa, então nossa intenção é que a música atinja o coração de alguém e que pessoas sejam tocadas[…] O importante é que as coisas se equilibrem, a unção, a verdade de Deus para as pessoas, e um bom som para que elas possam curtir”.
Já Joe Vasconcelos, cantor que faz parte do casting da gravadora Graça Music, aguardava com grande expectativa sua primeira participação na Marcha para Jesus. “É primeiro um privilégio, tanto o convite do apóstolo como estar aqui marchando para Jesus, representanto realmente o reino de Deus aqui, num evento desse, o maior do Brasil, maior do mundo. Quero somar minha voz com essa multidão de gente e dizer que só Jesus é Senhor”, disse Joe.
Também pela primeira vez como “Ao Cubo”, o grupo de hip hop contou que a Marcha em 2009 assumiu um significado especial. “Agora é diferente. Acho que quando a gente veio antes era mais festa: ‘Ô, lá tem um palco lôco, um monte de gente pra ver a gente cantando’. Talvez porque a gente esteja mais amadurecido, veja uma importância maior da Marcha, de ver o povo de Deus unido, independente de placa de igreja, de denominação, esse espírito de irmandande. Pessoas de outras cidades, juntando-se à cultura de São Paulo”, explicou Feijão, integrante do grupo.
Regis Danese, que foi muito aplaudido e ovacionado ao subir ao palco, após ministrar três canções, ouviu do público: “Zaqueu! Zaqueu! Zaqueu!” e cantou então “Faz um milagre em mim”, acompanhado pelo neto de Estevam Hernandes. Com relação ao tema da Marcha, Regis falou ao Guia-me: “Acho que a cada dia a gente tem que derrubar um gigante e todos aqueles que estiverem impedindo as bênçãos de Deus nas nossas vidas”.
O apresentador Raul Gil e seu filho Raul Gil Junior também estiveram no palco da Marcha. “Eu queria, juntamente com o meu pai, agradecer a presença de todos na Marcha para Jesus. É muito bom ter Jesus no coração. Felizmente nós temos um programa para a família brasileira onde nós elevamos o nome de Jesus, isso é importante e graças a Deus eu tenho essa oportunidade de trazer esse trabalho para vocês. Gente que pode declarar a nós brasileiros palavras boas, que falam ao nosso coração”, falou Raulzinho.
Raul Gil chamou ao palco Gabriela Rocha, que aos 14 anos é revelação de seu programa. “Ela vai fazer até milagre cantando porque vai entrar no coração da gente. Como diz meu amigo Regis Danes: Jesus prova e aprova!”, falou o apresentador.

Marchando em São Paulo e no Brasil
Do Amapá para São Paulo, o pastor Mauro Oliveira visitou a Marcha. Líder da Marcha para Jesus do estado nortista, o pastor contou que o evento existe no Amapá desde que iniciou em São Paulo, há 17 anos. Na última edição, a Marcha amapaense reuniu 120 mil pessoas, o que representa 1/4 da capital Macapá.
“Neste ano estamos realizando a marcha em todos os 16 municípios do estado. Em Macapá, tivemos mais de 1300 pessoas que aceitaram a Jesus como Salvador. Antes nós pensávamos que a Marcha era só para evangélicos, mas não. Muitas pessoas participam e também são tocadas pelo Espírito de Deus a se converterem”, expressou o pastor Mauro Oliveira.

Fonte: Guia-me / Padom

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