“Estamos priorizando entrega de oxigênio para Manaus”, garante Pazuello

Pazuello afirma que o novo colapso no sistema de saúde de Manaus é decorrência da pandemia da covid-19

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Ministro da Saúde Eduardo Pazuello
Ministro da Saúde Eduardo Pazuello

No inicio da noite desta quinta-feira, 14, o Ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, participou da live semanal do presidente Jair Bolsonaro, onde reconheceu que existe um colapso no sistema de saúde de Manaus em decorrência da pandemia coronavírus Covid-19.

“Eu considero que sim, há um colapso no atendimento de saúde em Manaus. A fila para leitos cresce bastante, já estamos hoje com 480 pessoas na fila. E a realidade da diminuição na oferta de oxigênio – não é a interrupção, senhores, é a diminuição na oferta de oxigênio. Todo o tratamento da covid é baseado em alguma oferta de oxigênio. Estamos priorizando esse oxigênio para atender as UTIs [unidades de terapia intensiva]”, declarou.

Pazuello disse que certa de seis voos da Força Aérea Brasileira (FAB) levará um estoque adicional de cerca de 30 mil metros cúbicos de oxigênio à capital amazonense ao longo dos próximos dias. Sendo também previsto o envio de oxigênio por vias fluvial e terrestre a partir de Belém/PA e Porto Velho/RO.

O ministro esteve pessoalmente no Amazonas nos últimos dias acompanhando de perto a situação e se reuniu com autoridades locais. Mais cedo, o governador do estado, Wilson Lima (PSC), anunciou medidas drásticas para conter a disseminação da doença, incluindo um decreto de toque de recolher bastante restrito.

Ao comentar sobre as razões para o agravamento da situação no estado, Pazuello atribuiu a situação ao clima, à falta de estrutura hospitalar e à baixa adesão ao protocolo de tratamento precoce recomendado pelo governo federal, que inclui o uso de medicamentos como hidroxicloroquina e azitromicina.

“No período chuvoso, a umidade fica muito alta e você começa a ter complicações respiratórias, esse é um fato. Um outro fator: Manaus não teve a efetiva ação no tratamento precoce com diagnóstico clínico no atendimento básico e isso impactou muito a gravidade da doença. Por outro lado, a infraestrutura hospitalar de atendimento especializado é bastante reduzida em Manaus, em termo de percentual. É um dos menores percentuais do país”.

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