Em choque, empresário Erick Connolly enterra 11 pessoas de sua família

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De azul, Erick vê mais um familiar sendo sepultado | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
De azul, Erick vê mais um familiar sendo sepultado | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
De azul, Erick vê mais um familiar sendo sepultado | Foto: Severino Silva / Agência O Dia

Rio – O empresário Erick Connolly viveu o pior dia de sua vida nesta sexta-feira. O executivo do Banco Icatu foi obrigado a enterrar 11 pessoas de sua família, que morreram soterradas em um deslizamento que atingiu a casa onde estavam hospedados no Vale do Cuiabá, em Itaipava, distrito de Petrópolis, na última terça-feira.
Numa cerimônia de bastante tristeza e comoção, realizada no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulapac, Erick Connolly acompanhou o sepultamento de seus pais, Armando Erik de Carvalho e Christine Eleine Conolly de Carvalho, de filhos, Igor e Nina Erthal de Carvalho, da irmã, a estilista Daniela Conolly de Carvalho, do sobrinho João Gabriel, do cunhado Alexandre França e mais quatro familiares: Andrea, Yuri e Ludmila Erthal Bernardes Pereira e Ecila Gomes Erthal.
A família estava hospedada em uma casa alugada do sítio da cunhada da vereadora Andréa Gouvêa Vieira (PSDB), Ângela Gouvêa. Ao todo, 16 pessoas comemoravam o aniversário do pai de Connolly, Armando. Erick estava no trabalho, no Rio, no momento do desastre.
Um outro filho de Erick, de apenas dois anos, segue desaparecido em Itaipava. A mulher do empresário, que sobreviveu, está internado em estado grave no Hospital Copa D’Or, na Zona Sul. Uma babá da família, que também morreu, foi enterrada no Cemitério São João Batista.

Dor e agonia
A comemoração do aniversário de Armando Erick de Carvalho, pai da estilista Daniela e do empresário Erick, teria motivado a viagem da família para Itaipava, segundo amiga deles. O local era destino frequente dos parentes, que alugavam a casa, principalmente nas férias escolares.
A morte da estilista e designer gráfica Daniela Connoly de Carvalho, 39 anos, deixou também o mundo da moda de luto. A alegria de viver foi destacada como característica marcante de Daniela por colegas de profissão. “Era apaixonada pelo filho. Deixou, inclusive, a profissão de lado para se dedicar à família. E, por coincidência, morreu ao lado das pessoas que mais amava”, contou a ex-assessora Kika Gama Lobo. O estilista Felipe Eiras lembrou que nunca viu Daniela de mau humor. “Estava sempre alegre, era viajada e tinha estilo rock ‘n’roll”, lembrou.

Região Serrana enfrenta a pior catástrofe de sua história
Castigada por um temporal que fez chover em 24 horas mais do que era esperado para todo o mês, a Região Serrana do Rio enfrenta desde a noite de terça-feira a pior catástrofe de sua história e uma das maiores do estado. Com o número de mortos, desabrigados, desalojados, feridos e desaparecidos, a tragédia já superou o registrado em janeiro de 2010 em Angra dos Reis e abril, na capital e Niterói.
Localidades inteiras foram soterradas por lama no município de Teresópolis. No bairro Caleme, uma represa da Cedae transbordou por causa da tromba d’água, provocando o deslizamento de encostas sobre casas e carros. Em Nova Friburgo, três bombeiros que seguiam para resgatar vítimas quando o carro onde estavam foi soterrado por uma avalanche.
Petrópolis também sofreu devastação em diferentes pontos. O Distrito de Itaipava foi o mais atingido. O soterramento de uma casa na localidade Vale do Cuiabá matou 12 pessoas de uma mesma família. Corpos foram recolhidos por moradores e depositados às margens de um rio à espera de resgate.

O Dia / www.padom.com.br

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