Desaparecerá o cristianismo na África e no Oriente Médio?

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cristianismo-desaparecerá-áfrica-oriente-médioQuase dois mil anos depois que o cristianismo originou-se nos países do Oriente Médio, está prestes a desaparecer em meio a um cenário de perseguição. Especialistas estão alarmados já que esta comunidade poderá fugir de toda a África.

Nos dias 21 e 22 de setembro, o Quênia e o Paquistão, foram alvos de dois terríveis ataques, mais de cem pessoas foram mortas nestes ataques, que foram organizados por radicais islamitas, sendo que a maioria das vitimas eram cristãos.

Os líderes da Igreja no Quênia, disseram ao portal Tuso Mir Veri (O Mundo da Fé), que os cristãos estão sentindo hostilidade no país. “Sofremos perseguição oculta até onde trabalhamos. Estamos expostos à discriminação apenas por causa de nossa fé. Nossos colegas muçulmanos evitam uma comunicação direta com a gente, muitas vezes ouvimos insultos”.

Também a partir de 2011, após a intervenção do Quênia na Somália, aumentou drasticamente a quantidade de ataques contra os cristãos perpetrados pelo movimento terrorista AL Shabaab.

No inicio de setembro o povoado sírio de Maalula, o púnico lugar na Terra, aonde se fala o antigo idioma aramaico em que falava Jesus Cristo e onde 80% da população professa a fé cristã, ficou a poder dos insurgentes. Os islamitas bombardearam o centro de Maalula, usando lançadores de granadas e metralhadoras pesadas. Embora as tropas governamentais finalmente libertou a aldeia, ainda não foi capaz  de expulsar todos os militantes.

Trata-se da culminação de um longo processo que se iniciou nos Balcãs no final do século XIX, chegando ao seu clímax na Europa entre 1939 a 1945, e continuou com o êxodo dos gregos de Alexandria e recentemente, dos cristãos assírios do Iraque.

No mês passado os rebeldes tomaram o controle da cidade de Al Thawrah, advertindo os cristãos, que tiveram que fugir da cidade, caso desejassem retornar deveriam “converter-se ao Islã” e se não o fizesse seriam mortos.

Estes casos são apenas dois elos de uma cadeia interminável de agressão contra os cristãos na Síria e cada dia a situação para eles piora. Segundo o arcebispo da Igreja de Roma, Gregório III, cerca de 450 mil cristãos na Síria tornou-se refugiados durante os dois anos em que dura o conflito.

As avaliações dos especialistas sobre a população cristã na Síria são as mesmas: se a oposição radical chegar ao poder, haverá um genocídio, ou pelo menos uma expulsão dos cristãos no país”, afirmou um pesquisador do Centro de Estudos Árabes e Islâmicos da Academia de Ciências da Rússia, Borís Dolgov, ao jornal russo “Pravmir”.

“Já temos fatos suficientes: os assassinatos dos monges, uma tentativa de saquear o antigo Convento de Mar Tekla em Maalula, o extermínio dos cristãos e sua expulsão dos bairros onde vivem. Portanto é natural que os cristãos apoiem o Governo da Síria”, afirma.

Durante o ultimo mês e meio, foi entendido ao Egito provavelmente a pior onde de violência contra os cristãos nos últimos sete séculos. Dezenas de igrejas formam queimadas durante este curto período de tempo. Incapaz de retaliar contra o exercito ou o novo Governo, os islamitas, prejudicados pelo golpe de Estado foram encarregados contra os coptas, os cristãos do Egito, que são 10% da população.

“Durante semanas, estão vindo estes ataques, desde que os membros da Irmandade Muçulmana acusaram os cristãos coptas de tomar parte da deposição de Morsi, mas as autoridades não fazem nada para impedi-los“, disse Joe Stork, dietor interino dos Direitos Humanos no Oriente, ao jornal El Pais.

A Irmandade Muçulmana já não governa no país, mas não tem desaparecido do Egito e a perseguição aos cristãos tem se radicalizado drasticamente. Como resultado, no Egito está revivendo a pratica arcaica de exigir tributos dos ‘infiéis’. O jornal egípcio ‘Youm7’ denuncia que começou ser cobrado dos cristãos  coptas no povoado de Dalgha. Isto foi dito pelo sacerdote da Igreja local, Ayub, que confirmou que a Irmandade Muçulmana ameaçaram os crentes com violência se negarem em pagar o imposto.

No Iraque a comunidade cristã quase foi expulsa por completo do país. O pastor da igreja anglicana de Bagdá, Andrew White, contou a Charisma News  os detalhes dos sofrimentos da comunidade. Segundo o padre, desde que foi derrubado Saddam Hussein, no país já foram assassinados 1.026 de seus paroquianos. White disse ainda, que nos últimos 10 anos, a população cristã diminuiu de 1,5 milhões para apenas 200 mil.

O historiador Tom Holland declarou com tristeza em seu discurso na reunião do Clube Liberal Nacional, no Reino Unido, que agora estamos vivendo a extinção do cristianismo e outras religiões minoritárias na África e no Oriente Médio. Segundo ele trata-se da culminação de um longo processo que se iniciou nos Balcãs no final do século XIX, chegando ao seu clímax na Europa entre 1939 a 1945, e continuou com o êxodo dos gregos de Alexandria e recentemente, dos cristãos assírios do Iraque.

Portal Padom

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