Um homem que foi treinado como soldado infantil para atacar os cristãos compartilhou o que o levou à Bíblia e a Jesus, apesar das ameaças à sua vida.
A emissora cristã SAT-7 compartilhou a história do homem, identificado apenas como Jahan, de 24 anos, em um artigo na quinta-feira, observando que ele nasceu no Afeganistão.
“Eu era jovem e amava rifles, e tudo que ouvi foi sobre matar essas pessoas (cristãos) e nos diziam que elas não eram pessoas boas, estaríamos atacando os infiéis e aqueles que se tornaram cristãos”, lembrou Jahan.
“Disseram-nos que temos que ir à guerra contra eles. Um dia meu pai estava dormindo e eu fugi. Eu trabalhei e ganhei 20 rúpias por dia e, com dificuldades, consegui chegar ao Irã.”
Os contrabandistas o ajudaram em uma perigosa jornada pelos campos e montanhas, até que ele finalmente chegou ao Irã com a idade de 15 anos e se tornou aprendiz de construtor.
“Eu experimentei muito sofrimento para poder ter luz em minha vida. Eu comecei a ler o Seu Livro e o encontrei. Um de meus amigos era cristão e me contou tudo sobre sua fé pelo telefone”, disse ele.
“Quando leio a Bíblia, entendo que o que eu aprendi é muito diferente. Alguém que lê a Bíblia pode ir a seu Deus e resolver seus problemas.”
Jahan declarou que ele está agora em um lugar feliz como cristão, mas está triste por seu pai e sua mãe, que ainda estão vivendo uma vida radicalizada.
“Eles não atendem minhas ligações e sei que, se me encontrarem, me matariam. Mesmo aqui estou em perigo. Para meu pai, espero que você viva uma vida longa e saudável. Eu sou seu filho, mas não quero viver em um mundo escuro.”, disse ele.
O grupo de vigilância de perseguições, Portas Abertas dos EUA, classifica o Afeganistão como o segundo pior país do mundo para os cristãos, atrás apenas da Coréia do Norte.
“Como todos os cristãos no Afeganistão são essencialmente convertidos, eles são incapazes de expressar sua fé, mesmo em particular. Em muitos casos, ao serem descobertos, esses convertidos são considerados insanos por deixar o Islã. Se eles não podem ser convencidos a voltar à fé anterior , eles às vezes estão comprometidos com instituições psiquiátricas“, explica o grupo em seu site sobre o sofrimento que os cristãos enfrentam.
“Outros experimentam a perda de bens pessoais e negócios, espancamentos e até a morte nas mãos de seus próprios familiares e comunidades. Sabendo disso, os crentes arriscam tudo ao contar a outros sobre Cristo, também colocando em risco aqueles que testemunham. No Afeganistão perseguição cristã é um trágico conto que é ao mesmo tempo antigo e novo e aparentemente não vai a lugar algum“.
O extremismo islâmico é um problema no país. O grupo terrorista do Estado Islâmico e outras facções terroristas estão há anos em guerra contra os soldados do governo. Em novembro, combatentes do EI mataram 27 soldados em uma mesquita em uma base do exército afegão, ferindo outros 44.
Grupos de terroristas intensificaram seus ataques mortais nos últimos dois meses, observou a AFP , com o objetivo de espalhar sua influência no país.
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