Coréia do Norte tem 60 bombas nucleares, 5.000 toneladas de armas químicas

Os EUA atribuem o estoque de armas da Coréia do Norte ao medo de que nações estrangeiras tentem impor uma mudança de regime.

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Uma nova avaliação feita pelo Departamento do Exército dos Estados Unidos estima que o regime norte-coreano está de posse de grandes quantidades de armas convencionais e não convencionais que são “altamente prováveis” de usar em circunstâncias específicas, de acordo com a Yonhap News Agency.

A avaliação foi publicada em um relatório intitulado “Táticas da Coréia do Norte” e atribui o enorme programa de armamentos da Coreia do Norte a um desejo de “impedir que outros países contemplem a mudança de regime”. Aparentemente, Kim Jong-un, o ditador norte-coreano, notou o que aconteceu com seu homólogo líbio Muammar Gaddafi e “não quer que algo semelhante aconteça” com ele. (Gaddafi foi morto por forças rebeldes líbias, depois que uma força multinacional incluindo países da OTAN atacou a Líbia com o objetivo declarado de impor um embargo de armas, sanções e congelamento de bens contra os líderes do regime).

De acordo com o relatório, a Coreia do Norte já tem entre 20 e 60 bombas nucleares e “a capacidade de produzir seis novos dispositivos a cada ano”. Também possui o terceiro maior estoque de armas químicas do mundo – entre 2.500 e 5.000 toneladas de várias substâncias – e também está envolvida em pesquisas em guerra biológica. “Apenas um quilo de antraz pode matar até 50.000 pessoas em Seul”, a capital da Coreia do Sul, observam os autores do relatório.

Outra fonte contínua de preocupação é a Unidade de Orientação de Guerra Cibernética da Coréia do Norte, que emprega mais de 6.000 hackers de computador que “podem conduzir atividades invasivas de guerra informática na segurança de seu próprio território”. Operativos norte-coreanos são conhecidos por já estarem operando em vários países estrangeiros, incluindo Bielo-Rússia, China, Índia, Malásia e Rússia.

As negociações entre os Estados Unidos e a Coréia do Norte fracassaram totalmente após uma cúpula improdutiva entre Kim Jong-un e o presidente dos EUA, Donald Trump, em fevereiro de 2019.

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