Clérigo islâmico: “As ativistas egípcios são demônios que querem ser estupradas”

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abu islamO pregador islâmico egípcio Ahmed Mahmud Abdalá, disse que os casos de estupros de mulheres que se manifestavam no Cairo no final de janeiro são justificados, já que as ativistas foram lá apenas ‘para serem estupradas’.

“São mulheres que falam como ogros não têm vergonha, educação, nem medo, nem mesmo são feministas“, disse Abdullah, conhecido como Abu Islam, em um vídeo divulgado na internet.

Abdullah, que é dono de uma televisão privada ultraconservadora Al Umma, insistiu que as mulheres que se manifestaram no Cairo para exigir a saída do atual presidente egípcio Mohamed Morsi, não foram a praça de Tahir no Cairo para protestar, mas foram ‘nuas para serem estupradas’.

Ele também disse que 90% das manifestantes são ‘cruzadas’ e que 10% são viúvas que não tem nada que as controle. Não satisfeito com isso, decidiu ir além chamando as ativistas políticas de “demônios” e lhes aconselhou a aprenderem ser muçulmanas.

Estas declarações foram feitas depois que vários grupos dos direitos humanos denunciaram cerca de 25 casos de estupros registrado nas manifestações que marcaram o segundo aniversario da revolução egípcia no dia 25 de janeiro.

O pregador, cujo anuncio provocou fortes criticas nas redes sociais, foi acusado anteriormente de propagar o ódio religioso, após publicar umas declarações contra o cristianismo em um jornal local. Alem disso, Abu Islam, e seu filho rasgaram e queimaram uma Bíblia em frente à embaixada dos EUA, no Egito durante os protestos do ano passado contra o polêmico filme “A Inocência dos Muçulmanos” de produção americana, que zombava do fundador do islamismo. – rt

Portal Padom

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