Casamentos também desmoronam

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prediocaiÉ impressionante como os casais não cuidam do casamento.

Um dia desses, passando pela Rua Fagundes Varela, em Niterói, minha cidade natal, lembrei-me de um prédio que caiu naquela rua. Fui até a internet, dei uma “googlada” e descobri o relato do fotográfo, meu homônimo Gilson Barreto, que foi o único profissional a registrar em fotos a seqüência da queda do prédio.

O prédio da Fagundes Varela já estava totalmente pronto, esperando apenas o “habite-se”. Caiu no dia 2 de setembro de 1982.

Era na época, como afirmou Gilson Barreto, considerado como o melhor de Icaraí, sendo que mais de quarenta apartamentos, de um total de cinqüenta e seis unidades, já estavam vendidos. Mas, a má execução da obra, aliada à negligência da firma, levaram ao esmagamento de pilares, o que ocasionou a queda de um prédio de vinte andares.

Lendo o relato de Barreto, fiquei a pensando nas causas de muitas ruínas conjugais.
O primeiro deles está no desleixo do cotidiano conjugal. Assim como aquele prédio veio ao chão por má execução da obra, muitos casamentos sucumbem devido aos descuidos dos cônjuges na construção, no cuidado diário da vida conjugal.

É impressionante como os casais não cuidam do casamento. Cuidam mais da casa, do carro do que da vida matrimonial. Casamento é como um jardim. Se não cuidar, todos os dias, o mato cresce, as ervas daninhas tomam conta, os parasitas destroem as plantas, a terra empobrece. Casamentos que florescem, recebem cuidados diários. Os jardineiros, que são os cônjuges, devem regar a vida conjugal com amor, retirarem as ervas daninhas da indiferença, do egoísmo e do individualismo. Devem adubar o solo conjugal com o fertilizante do romantismo. Devem cortar diariamente as atitudes negativas, que são como mato, que florescem sem percebermos.

Outro fator é a negligência. Negligenciar o casamento pode acontecer, por exemplo, quando se esquece datas importantes como do casamento, do nascimento do cônjuge, do dia dos namorados, do dia em que começaram a namorar. A negligência também se faz presente quando, por exemplo, os cônjuges não estão atentos às necessidades de cada um na vida conjugal. Homens e mulheres têm necessidades diferentes no casamento. Enquanto os homens são, na maioria, voltados para a realização sexual, as mulheres necessitam mais de afeto, de carinho. Quando um supre o outro, há uma perfeita combinação para o florescimento diário da alegria conjugal.

Por último, não devemos nos esquecer dos fundamentos. O prédio da Fagundes Varela caiu porque, segundo os engenheiros, houve um esmagamento dos pilares.

Casamento também tem seus pilares. Deus, ao criar o casamento, colocou sob três grandes pilares: O pilar da heterossexualidade, da monogamia e da indissolubilidade. Como é triste observar que esses pilares estão sendo esmagados nos dias de hoje.

O que veremos em breve é a queda de toda a sociedade, pois esta está plantada sobre a instituição do casamento e da família.

Que Deus nos ajude a cuidar de nossos casamentos, cuidando dele como um jardineiro cuida do jardim, não sendo negligentes e zelando pelos seus fundamentos, que são bíblicos e que devem ser mantidos e defendidos, principalmente pela Igreja de Cristo.
Por: Por: Gilson Bifano

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