Avaliada possibilidade de aborto em adolescente estuprada em Treze Tílias

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pedofilianaoMenina de 12 anos, grávida de seis meses, teria sido violentada pelo padastro.
Novos exames obstetrícios serão feitos na adolescente de 12 anos, grávida de seis meses, em Treze Tílias, no Meio-Oeste catarinense, para avaliar a possibilidade da realização de aborto. Menina teria sido estuprada pelo padastro de 33 anos, que confessou o crime e está preso preventivamente no Presídio Regional de Joaçaba.
Segundo a polícia, a família manifestou interesse em interromper a gestação. Assim que concluir o inquérito, o delegado Maurício Pretto deve encaminhar o pedido ao Ministério Público, o que deve ocorrer até quinta-feira. Em casos de estupro, o aborto está previsto em lei.
– A adolescente tem interesse em abortar e a mãe dela também. Não respeitar a vontade delas por moralismos é hipocrisia – disse Pretto.
Mesmo legalizada, a interrupção da gravidez põe em lados opostos religiosos de opiniões consagradas.
O pastor da Igreja Evangélica Assembleia de Deus Luiz Carlos Anastácio menciona que as palavras transcritas na Bíblia não devem ser relativizadas em hipótese alguma, mesmo em casos de adolescentes estupradas. Ele se diz constrangido em vivenciar fatos de extrema violência, mas repreende o livre arbítrio na interrupção da gestação:
– Olhando à luz da Bíblia, não sou de acordo ao aborto. Para Deus, a alma não tem tamanho, abortar é um homicídio do mesmo jeito que matar um homem adulto. Está escrito, só Ele tem o direito de tirar a vida, ninguém mais.
Já o vigário paroquial de Joaçaba Eugênio Daubermann acredita que a ciência saberá definir se a gestação deve ser interrompida ou não. Ele não condena a interrupção da gravidez da garota. Para o padre, o aborto deve ser decidido em conjunto pela família, junta médica e jurídica.
– A função da Igreja Católica é proteger a vida. Mas, neste caso, a vida da adolescente está em risco porque sabemos que uma menina de 12 anos não tem condições físicas para gerar outra vida. Ela pode correr risco de morte se continuar a gravidez. Além do mais, colocar filhos no mundo exige responsabilidade, e esta garota, tão jovem, não tem – disse.
O vigário afirmou que não irá interferir na decisão da família, caso optem pelo aborto.

Diário Catarinense/Notícias Cristãs

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