Ativistas da oposição síria dizem que centenas de corpos foram encontrados em Darayya, uma cidade nos arredores da capital, Damasco.
Eles acusan as forças do governo de “massacre” e afirmam que as vítimas foram “sumariamente executadas”.
Segundo relatos não confirmados, cerca de 200 cadáveres foram encontrados em casas e abrigos no subsolo, todos aparentemente mortos por soldados sírios.
A televisão estatal do país não comentou as acusações, mas disse que a cidade estava sendo “purificada” do que chamou de “terroristas remanescentes”.
Também neste domingo, o vice-presidente sírio Farouq Al-Shara recebeu uma delegação iraniana em Damasco, acabando com as especulações de que ele teria se juntado à oposição.
Ataques ‘de casa em casa’
Após dias de bombardeios, as forças do presidem Bashar Al-Assad começaram um ataque em Darayya no sábado.
Eles dizem que muitas das vítimas tinham ferimentos causados por tiros na cabeça e no peito e foram mortas durante ataques feitos pelos soldados de casa em casa.
Os militantes da oposição disseram ainda que as vítimas foram atingidas de perto e que algumas morreram alvejadas por atiradores de elite.
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, um grupo de oposição baseado na Grã-Bretanha, disse que 183 pessoas morreram em todo o país no sábado.
No entanto, os relatos dos ativistas não puderam ser verificados independentemente, por causa das restrições à mídia estrangeira na Síria.
Fracasso
A ONG internacional Human Rights Watch diz que o padrão não é novo, mas que está acontecendo em áreas maiores e com mais vítimas.
Um relatório de observadores da ONU disse que ambos os lados realizaram massacres, mas o Exército sírio foi responsável por um número muito maior de mortes.
No sábado, o chefe da missão da ONU na Síria deixou o país, depois que a missão chegou ao fim. O general senegalês Babacar Gaye se juntou a um comboio da organização para o Líbano.
Na semana passada, a ONU decidiu não estender a missão, que era originalmente parte de um plano de paz de seis pontos para a Síria.
No entanto, o cessar-fogo exigido pelo plano nunca aconteceu e o aumento da violência forçou os monitores internacionais a ficarem confinados em seus hotéis desde junho.
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