“As crianças autistas não acreditam em Deus porque seu cérebro não é capaz de ter fé. Não sabem como acreditar”, disse o diretor da Associação de Saúde e Educação de Crianças Autistas na cidade turca de Adana, o sociólogo Fehmi Kaya.
O sociólogo turco diz que é necessário criar nas crianças com autismo a consciência religiosa com ajuda da terapia. “O ateísmo é uma forma de autismo“, disse Kaya ao jornal ‘Hürriyet Daily News’.
Os comentários do sociólogo têm provocado polemica na Turquia. O presidente da Associação para Proteção de Crianças Autistas, Engin Güngör, disse que “essa afirmação pode ofender pelo menos três ou quatro milhões de pessoas”.
Passando o debate para o campo religioso, o membro da Fundação sobre o Autismo de Anatólia Burhan Özfatura lembrou que segundo a religião islâmica todas as essas crianças irão direto para o céu.
Kaya por sua vez, garante que suas palavras foram mal interpretadas e retiradas do contexto, que não queria dizer que todas as crianças autistas eram ateus, mas que estavam descapacitadas de algum modo e por isso não podia entender o significado de ser crente. “As crianças entendem quando eu digo que devem temer a Deus, mas não as autistas“, disse ele.
Na tentativa de defender as declarações do sociólogo, um responsável da Casa de Cultura de Adana, confirmou que o objetivo era ajudar as crianças autistas a se tornarem crentes.
No entanto, Kaya esclarece sua intenção. “Se essas crianças começarem a desenvolver-se de uma forma normal, a fé chegara a tempo”
O município de Yüregir, em Adana, iniciará em junho seções gratuitas de terapia para crianças autistas na Casa da Cultura. O projeto começara com trinta crianças, mas esta prevista que o numero se amplie mais tarde. – rt
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