“Aqui está uma mensagem de sangue”, diz Boko Haram ao executar membro da ajuda humanitária, prometendo matar aluna cristã

Militantes do Boko Haram matam enfermeira da ajuda comunitária, para pressionar governo a cumprir suas exigências

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Uma facção do grupo terrorista Boko Haram executou Saifura Ahmed, uma funcionária da Cruz Vermelha Internacional na Nigéria.

Autoridades dizem que Ahmed, que foi sequestrada junto com outros três trabalhadores humanitários no Estado de Borno em 1º de março, foi morta pela Província do Estado Islâmico da África Ocidental (ISWAP).

Os sequestradores de Ahmed divulgaram um vídeo de sua execução. Um repórter da The Cable, que viu o vídeo, relatou ter visto Ahmed usando um hijab branco quando foi atingida por trás.

Os dois funcionários humanitários ainda em cativeiro são funcionários da UNICEF.

Os terroristas da ISWAP disseram ter executado Ahmed porque seus pedidos foram ignorados pelo governo nigeriano. Agora, o The Cable informa que eles estão ameaçando matar mais prisioneiros, incluindo a estudante sequestrada Leah Sharibu.

“Entramos em contato com o governo por escrito e também enviamos mensagens de áudio, mas o governo nos ignorou. Então, aqui está uma mensagem de sangue”, alertou um porta-voz da ISWAP. “A outra enfermeira e parteira serão executadas de maneira semelhante em um mês, incluindo Leah Sharibu.”

Sharibu é a única cristã entre 110 meninas sequestradas pelo Boko Haram de uma escola em Dapchi (norte da Nigéria) em 15 de fevereiro de 2018.

Em certo momento, a garota de 15 anos escapou de seus sequestradores, mas três dias depois que ela fugiu, os pastores Fulani a encontraram e a entregaram a força ao Boko Haram. 

No final de março, o Boko Haram libertou todas as garotas Dapchi sequestradas, exceto Leah, porque ela se recusou a renunciar à sua fé cristã e se converter ao islamismo.

No início deste verão, as Nações Unidas divulgaram um relatório alegando que o governo nigeriano pagou um resgate pela libertação das alunas.

O ex-ministro da Aviação da Nigéria, Fani-Kayode, disse ao Daily Post que o presidente Muhammed Buhari concordou em pagar um resgate para todas as meninas, exceto Leah.

“A única garota que o resgate não cobriu foi a corajosa Leah Sharibu, a única cristã entre elas. Buhari se recusou a pagar por ela!” disse o Daily Post citando Fani-Kayod.

O governo nigeriano nega que tenha pago resgate para garantir a libertação das meninas Dapchi.

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