Alemães abandonam as igrejas para não pagar o ‘dízimo’

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Noticias GospelA maioria dos alemães que frequentam uma igreja tem que pagar um imposto ao governo. Para evitar este pagamento, as maiorias resolveram deixar de frequentar os cultos.

O imposto, que é uma espécie de dízimo e que se chama “kirchensteuer”, é descontado diretamente do salário de todas as pessoas que tem informado sua afiliação como membro de alguma instituição religiosa, o que tem causado uma drástica diminuição de pessoas nos cultos das igrejas.

Segundo relatórios do ano passado, a Igreja Evangélica Luterana, perdeu cerca de 200.000 membros, um aumento de 45% em comparação ao ano de 2012. As igrejas católicas perderam mais de 180 mil fiéis, segundo informações recebidas de 27 dioceses.

O imposto cobrado pelo governo foi estabelecido na Constituição Alemanha Ocidental em 1949 e todos os cidadãos batizados são obrigados a pagar desde o momento em que começam a pagar o imposto de renda.

A cobrança ocorre de duas formas: uma taxa extra de 8% ou 9% calculada em cima do imposto de renda e um percentual semelhante sobre os impostos por ganhos de capital (investimentos de renda fixa, por exemplo). Os fiéis pagam e os impostos são  repassados para suas respectivas igrejas. A única maneira de romper com esta obrigação renunciar ser membro de uma Igreja.

Por exemplo: um cristão solteiro na Alemanha, com um salário de 36.000 Euros por ano deve 7.500 Euros de imposto de renda. Em cima desse valor, ele ainda tem que pagar cerca de 600 Euros extras para a sua igreja.

Graças aos ganhos, algumas arquidioceses católicas são extremamente ricas – como é  o caso da de Colônia  (Köln), que possui 3,35 bilhões de Euros (11,4 bilhões de reais), mais do que o próprio Vaticano, que em seus balanços afirmou ter 2,64 bilhões de Euros (9 bilhões de reais).

Portal Padom

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