A Grande e Final Apostasia

855

O apóstolo Paulo fala de uma grande apostasia que virá sobre a terra nos últimos dias. O que é apostasia? É uma “rejeição da verdade outrora crida e proclamada”. Simplificando, é abandonar a verdade de Deus. Paulo escreve acerca da apostasia que virá:

“Irmãos, quanto à vinda de nosso Senhor Jesus Cristo… rogamos a vocês que não se deixem abalar nem alarmar tão facilmente, quer por profecia, quer por palavra… como se o dia do Senhor já tivesse chegado. Não deixem que ninguém os engane de modo algum. Antes daquele dia virá a apostasia” (2 Tessalonicenses 2:1-3).

Recentemente, o Espírito Santo me levou a estudar Ezequiel 16, que fala acerca da igreja apóstata. Lendo este capítulo, fiquei abismado com a dor de Deus; revela o Seu coração partido por uma igreja que esqueceu os alicerces e se afastou de seu início glorioso. Segundo Ezequiel, Israel ficou tão corrupto que se tornou igreja meretriz, pior que Sodoma. Este povo, que Deus houvera libertado, purificado e abençoado, tinha agora se virado contra Ele, rejeitando a verdade na qual no passado havia crido e pregado. A apostasia do povo feriu Deus.

Então o Senhor enviou Ezequiel a Israel para entregar uma mensagem pungente. É uma profecia com aplicação dupla, que fala ao Israel daquele tempo e para a igreja dos nossos dias. Ezequiel começa com estas duras palavras: “ Portanto, ó meretriz, ouve” (Ezequiel 16:35). Eis a mensagem de Deus:

“Quando te encontrei, havias sido lançada em pleno campo, abandonada e sangrando. Eu te salvei e amei, lavei-te com água limpa, e você se tornou uma bela mulher. Eu te inundei de bênçãos, te vesti, te enchi de jóias. Entrei em aliança contigo, e você se tornou Minha. Eu te fiz prosperar, tornando-te conhecida e respeitada por todos os pagãos” (16:5-11, minha paráfrase).

Pense no retrato que Ezequiel faz de Israel neste capítulo. Eis um povo que havia sido liberto da escravidão e da morte, uma igreja adornada com as bênçãos de uma amada e bela noiva. Não é este o testemunho do povo de Deus hoje em dia? Todos nós estávamos cobertos de sangue, endurecidos no pecado – quando Jesus nos encontrou, nos lavou e nos tornou completos. Ele libertou todos os que chegaram até Ele, tornando-nos novas criaturas, nos banhando com as Suas bênçãos e dando-nos um testemunho para o mundo.

A mensagem de Ezequiel a Israel reflete o glorioso início da igreja de Jesus Cristo

Ao lembrar nossos pais espirituais da igreja no Novo Testamento, penso nos servos que deram suas vidas em defesa do evangelho. Desde o começo os discípulos e apóstolos pregaram todo o conselho de Deus, proclamando Cristo como Messias até aos seus últimos dias. O Senhor derramou os Seus dons e bênçãos sobre aquela igreja do primeiro século, e ela cresceu e prosperou em espírito e em verdade. Cedo essa influência se espalhou às nações de todo o mundo.

Das raízes da igreja primitiva emergiu uma árvore com vários ramos. Chamamos esses ramos de denominações, organizações, movimentos, e eles tomam um grande número de expressões e formas: Batistas, Metodistas, Presbiterianos, Episcopais, Pentecostais, Luteranos, Carismáticos e outros. Ao estudarmos as origens desses ramos, vemos que a maioria deles foram inflamados ao fervor e ao fogo por santos servos de Cristo. Muitos desses piedosos fundadores foram martirizados pela sua devoção à pura palavra de Deus.

Na minha estante existem nove volumes de John Wesley, fundador da igreja Metodista. Acredito que Wesley foi um dos homens mais piedosos que já viveu. Este homem chorava pela situação espiritual da Inglaterra, Escócia, Irlanda e País de Gales, orando por eles sem cessar. A sua consagração levou a um dos maiores avivamentos já registados na história.

Wesley levantava-se ainda quando escuro e montava um cavalo para pregar aos trabalhadores das minas de carvão às seis horas da manhã, antes que fossem para o trabalho. Ele suportou incríveis dificuldades por seu ministério, sendo por vezes espancado por multidões. Ainda assim Wesley batalhou fielmente até alcançar o avivamento, transformando a sociedade britânica desde as profundezas das prisões até aos lugares mais altos do governo.

Nos primeiros dias dos Estados Unidos, os pregadores metodistas promoviam cultos ao ar livre similares aos de Wesley, chamados “cultos de acampamento ”. Estes homens, inflamados pelo Espírito com zelo tal qual o de Wesley, trabalhavam como “viajantes de circuito”, percorrendo a cavalo todo o estado do Kentucky, do Tennessee e os do meio-oeste. As suas reuniões tinham lugar nas zonas rurais, atraindo pessoas de todos os lados; as pregações eram tão poderosas, e com convencimento tão profundo do pecado, que os ouvintes caíam por terra e clamavam por perdão.

Consideremos o começo do Pentecostalismo moderno. Este movimento começou no início do último século, numa pequena igreja de madeira na rua Azuza em Los Angeles. A congregação era composta por uns poucos homens e mulheres humildes, brancos e negros que se dedicavam à oração e ao jejum, e a partir disso o Espírito Santo manifestou-se poderosamente. O convencimento (do pecado) naquele lugar era tão poderoso que muitas pessoas caíam prostradas no momento que entravam.

Logo começaram a chegar visitantes de toda a cidade para experimentar o avivamento; depois começaram a vir de mais longe, e o avivamento da rua Azuza espalhou-se por todo o mundo. Daquela pequenina igreja emergiram homens e mulheres justos e cheios do fogo do Espírito Santo, servos que não se curvariam perante os ídolos da sua geração. E daquele avivamento brotaram muitas das organizações pentecostais que hoje conhecemos: as Assembléias de Deus, a Igreja de Deus, a Igreja do Evangelho Quadrangular e outras.

Tal como Deus disse acerca do antigo Israel, podemos nós hoje dizer acerca da maioria desses grupos: “Eu te encontrei na tua hora de necessidade. E Eu lhe levantei, vesti com vestes de retidão e justiça, te amei-te e abençoei. Tu eras pobre, mas te tornei próspero, e a tua influência se espalhou pelas nações.

Mas depois disto, você se tornou orgulhoso e agiu como meretriz. Você usou mal os dons que lhe dei. Você se esqueceu de como te encontrei: nu, desamparado e indefeso”. “E em todas as tuas abominações, e nas tuas prostituições, não te lembraste dos dias da tua mocidade, quando tu estavas nua e descoberta, e manchada do teu sangue” ( Ezequiel 16:22, itálico meu).

Aqui está a apostasia na sua forma mais clara: quando o povo de Deus abandona a verdade que o salvou. Deus estava a dizer basicamente a Israel, “Vocês outrora professaram a sua fé e creram, mas agora tornaram-se traidores dessa verdade. Vocês deixaram os caminhos antigos, inventaram métodos feitos por homens. Vocês já não Me amam, e pararam de confiar em Mim; em vez disso, seguem o seu próprio caminho. E isso provocou a Minha ira”.

“Foste como a mulher adúltera que, em lugar de seu marido, recebe estranhos” (16:32). Aqui, numa palavra, vemos a tendência do povo de Deus. Em suma, temos tendência para a apostasia. Muitos de nós, em certa altura da nossa caminhada com Deus, esquecemos o nosso começo. Esquecemos como foi ser encontrado em pecado, purificado, amado e abençoado por Deus. E ao longo do tempo nos tornamos mornos ou frios em nosso amor por Ele. Outros amores se infiltraram.

A mensagem de Ezequiel é um retrato da igreja apóstata dos nossos dias

Você pode dizer, “Mas esta não é a interpretação correta de Ezequiel 16. O profeta referia-se apenas ao Israel natural”. Pelo contrário, Paulo declara que as verdades do Velho Testamento têm dupla aplicação, tanto para aquele tempo como para agora: “Ora tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos” (1 Coríntios 10:11). Lida neste contexto, a profecia de Israel é claramente uma parábola, revelando o coração de Deus quando o Seu povo cai em apostasia.

Vou dar um exemplo primordial de onde podemos ver esta grande apostasia tendo lugar hoje. A Igreja Episcopal tem regularmente, desde alguns anos atrás, aparecido nas manchetes. É uma das denominações maiores e mais antigas no mundo, uma igreja cujas origens estavam firmemente arraizadas no ensino bíblico. Pregava o evangelho de um Salvador ressurrecto, e seus púlpitos eram abençoados com profetas e pregadores santos. De fato, a influência piedosa da Igreja Episcopal espalhou-se por todo o mundo, desde a Europa até à África e às Américas.

Agora, no entanto, esta igreja outrora dedicada caiu em apostasia. Estamos a falar de pessoas que se afastaram em muito dos seus princípios:

  • A denominação é uma das primeiras a ordenar um bispo homossexual.
  • Alguns líderes episcopais estão tentando “desmascarar” a divindade de Jesus.
  • Recentemente, bispos e leigos líderes afirmaram que as dioceses da igreja podiam interpretar a Trindade como lhes conviesse. Deus pode ser feminina, Jesus um pensamento amoroso, e o Espírito uma escolha individual. Isto é blasfêmia absoluta!
  • O novo bispo principal eleito é uma mulher que adotou a programação gay, e a denominação se prepara para uma divisão. Igrejas locais estão cortando os fundos, e bispos africanos já estão fartos, declarando que as igrejas americanas estão caindo em apostasia. Enquanto isso, o número de membros está a diminuir.

Na Inglaterra, vemos exatamente a mesma coisa acontecendo com a Igreja Anglicana. Esta denominação tem encolhido tanto que os edifícios de igrejas que existiam há séculos estão agora cerrando as portas de forma definitiva. Este processo é chamado “desconsagração”. Estas estruturas magníficas outrora ficavam empanturradas de crentes zelosos. Mas a situação dos anglicanos tem se tornado tão apóstata que eles tiveram de vender uma série de prédios da igreja, alguns dos quais acabaram por ser transformados em clubes noturnos, museus de ocultismo e até mesquitas.

Veja o caso de Harvard e Yale, no passado, duas das mais importantes universidades bíblicas dos Estados Unidos

Tanto Harvard quanto Yale foram fundadas por piedosos pregadores como escolas bíblicas. Grandes avivamentos outrora ocorreram nessas faculdades, e poderosos pregadores foram enviados delas. No entanto atualmente essas renomadas universidades são ninhos de ateísmo, desavergonhadas negadoras da divindade de Cristo. Tornaram-se instituições apóstatas, afastando-se das raízes bíblicas.

O mesmo é verdade quanto às universidades de Colúmbia em Nova York e de Princeton em Nova Jersey; ambas foram fundadas por piedosos pregadores, mas agora se tornaram apóstatas. Deus, para um número cada vez maior de pessoas, já não é o Pai celestial mas possivelmente uma divindade feminina. Cristo já não é confirmado como Filho de Deus mas retratado apenas como um bom homem ou um mestre carismático.

Mesmo em faculdades cristãs e seminários evangélicos por todo o mundo, o fermento da apostasia está incrustado. É agora uma batalha perdida para estas escolas tentarem manter-se nos caminhos antigos, uma vez que os professores apóstatas já não se firmam na verdade bíblica. O novo evangelho que eles apresentam rejeita a divindade de Cristo, a realidade do inferno e do juízo, e os padrões bíblicos de pureza e moralidade.

Atente novamente às palavras de Deus para Israel no tempo de Ezequiel: vocês se corromperam mais do que Sodoma. “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus, não fez Sodoma, tua irmã, ela e suas filhas, como tu fizeste, e também as tuas filhas… ainda te corrompeste mais do que elas, em todos os teus caminhos… mais justas são elas do que tu” (Ezequiel 16:48, 47, 52).

Então o Senhor descreve os pecados de Sodoma e o porquê de a ter destruído: “Eis que esta foi a iniquidade de Sodoma, tua irmã: soberba, fartura de pão e próspera tranquilidade teve ela e suas filhas; mas nunca amparou o pobre e o necessitado. Foram arrogantes e fizeram abominações diante de mim; pelo que, em vendo isto, as removi dali” (16:49-50).

Note quais eram os pecados principais de Sodoma: orgulho e arrogância. Você tem ouvido falar do “orgulho gay”. A cidade de Nova York tem anualmente um Desfile do Orgulho Gay, que chega a ter 400.000 participantes. Eles carregam cartazes dizendo: “Deus é gay”, “Cristo era gay”, “Sou homossexual e me orgulho disso”. Uma vez vi alguns dos participantes saírem do desfile e atacarem um pequeno grupo de pessoas que tinham cartazes dizendo: “Jesus ama os homossexuais. Ele só detesta o pecado”. Esse pacífico grupo tentava apenas oferecer amor, mas foi cruelmente maltratado.

Apesar dessa absoluta arrogância, Deus diz em Ezequiel 16: “O orgulho e arrogância da igreja apóstata é pior que o orgulho dos homossexuais. Mesmo Sodoma nunca pecou como vocês têm pecado”. O fato é: se trata de orgulho absoluto, de terrível arrogância difamar o nome de Cristo… chamar Deus de “ela”… dizer que a igreja não tem um Pai celestial. (Se não existe um Pai, então não pode haver um Filho, que é a mentira central do Islamismo.)

Que terrível profundeza de orgulho é necessária para remover a divindade dAquele que morreu para nos salvar! Contudo, esse mesmo terrível orgulho está irrompendo em algumas organizações evangélicas nos nossos dias, fazendo a igreja ficar contra as verdades dos seus pais antecessores. Isso é uma onda de apostasia total.

Há algo pior aos olhos de Deus do que este evangelho de apostasia, ou seja, um evangelho diluído e aguado

Deus detesta acima de tudo o evangelho morno de meias verdades que neste momento se está a espalhar por todo o mundo. Este evangelho diz, “Simplesmente creia em Jesus e será salvo. Nada além disso”. Ignora todo o conselho de Deus, que fala do arrependendimento dos pecados passados, de tomar a sua cruz, de ser moldado à imagem de Cristo através do trabalho de refinamento do Espírito Santo. Silencia inteiramente acerca da realidade do inferno e do julgamento pós-morte.

Isaías atenta para este suave evangelho não ofensivo, pelo qual as pessoas clamam hoje. A sua profecia aplica-se diretamente aos dias de hoje, porque Deus o instruiu a escrever isso “para os dias vindouros” (Isaías 30:8):

“Porque povo rebelde é este… filhos que não querem ouvir a lei do Senhor. Eles dizem aos videntes: Não tenhais visões; e aos profetas: Não profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos cousas aprazíveis, profetizai-nos ilusões; desviai-vos do caminho, apartai-vos da vereda; não nos faleis mais do Santo de Israel” (30:9-11).

De acordo com Isaías, não havia pregação de santidade ou arrependimento. Por que? Porque o povo não queria ser corrigido ou convencido (do pecado). As pessoas recusavam-se a ouvir qualquer coisa que não fosse um evangelho suave. Porém um evangelho diluído não é evangelho de modo algum.

Ezequiel descreve esse evangelho: “Entre o santo e o profano não fazem diferença, nem discernem o impuro do puro; e de meus sábados escondem os seus olhos, e assim sou profanado no meio deles” (Ezequiel 22:26). Ele chama o evangelho diluído de mera caiação “encobrindo falhas ou defeitos” (v. 22:28). Em outras palavras: “Vocês estão levantando paredes com cal. Tais paredes podem aparentar prestígio e força agora, mas o Senhor está enviando uma tempestade que fará estas paredes caírem”. “Tu, vento tespestuoso, irromperás” (13:11).

Ezequiel então enumera uma lista de tremendos julgamentos, através dos quais Deus dirá ao Seu povo: “Vou expor a sua nudez. Julgamentos severos estão a caminho, e quando chegarem, o seu evangelho blasfemo será exposto como vazio e sem esperança”.

Isaías profetizou que nesse dia, “Os olhos altivos dos homens serão abatidos, e a altivez dos varões será humilhada, e só o Senhor será exaltado naquele dia…. E a altivez do homem será humilhada, e a altivez dos varões se abaterá, e só o Senhor será exaltado naquele dia” (Isaías 2:11, 15, 17).

Nesse momento, acredito que estamos enfrentando o Armagedom. À nossa volta vemos nações tremendo e o coração dos homens com estremecimentos de medo. Saiba do seguinte, isso não é hora para evangelho diluído. Tal evangelho é totalmente ilusório, porque vai se desfazer assim que os ventos do juízo soprarem. Deus avisa que irá julgar os que pregam este evangelho sem vida:

“Visto que com falsidade entristecestes o coração do justo, não o havendo eu entristecido, e fortalecestes as mãos do perverso para que não se desviasse do seu mau caminho e vivesse, por isso, já não tereis visões falsas, nem jamais fareis adivinhações; livrarei o meu povo das vossas mãos, e sabereis que eu sou o Senhor ” (Ezequiel 13:22-23).

“Julgar-te-ei como são julgadas as adúlteras e as sanguinárias; e te farei vítima de furor e de ciúme… Visto que não te lembraste dos dias da tua mocidade e me provocaste à ira com tudo isto, eis que também eu farei recair sobre a tua cabeça o castigo do teu procedimento, diz o Senhor Deus” (16:38, 43, meu itálico).

Quando o julgamento chegar, o que acontecerá àqueles que colocaram sua segurança num evangelho diluído? Eles irão procurar por todo lado uma palavra verdadeira de Deus mas não serão capazes de a encontrar. Os seus pastores apóstatas dirão, “Não se preocupem. O mundo já viu problemas como estes antes. Já assistimos guerras mundiais. Tudo continua como era no início. Isto vai passar”.

Não, não será assim! Nunca houve antes um dia como este. Existem agora armas nucleares nas mãos de homens insanos, mísseis mortais que conseguem viajar milhares de quilômetros, bombas sujas e artefatos biológicas que ameaçam extinguir maciças populações da humanidade.

Tal como Sodoma e Gomorra conscientemente ignoraram os avisos de Deus e foram julgadas, assim Deus irá julgar esta geração dos últimos dias. Mas muitos dos Seus juizos são redentores, e os que caíram em Sodoma são exemplos para todas as gerações: “Assim como Sodoma e Gomorra… foram postas por exemplo” (Judas 7).

No final de Ezequiel 16, algo incrível acontece

Este capítulo é uma das maiores expressões da misericórdia e da graça de Deus em toda as escrituras. O Senhor diz que enquanto os julgamentos estão caindo com fogo e fúria por todos os lados, “te farei cessar de ser meretriz” (Ezequiel 16:41). Uma vez mais, a humanidade caminha para a fornalha ardente. E uma vez mais, Deus fará uma obra sobrenatural no coração das pessoas, fazendo multidões delas se afastarem de ídolos e falsos deuses.

De acordo com Apocalipse, duas coisas irão acontecer enquanto as terríveis taças de ira forem derramadas. Primeiro, muitas pessoas de coração endurecido irão recusar se arrepender: “Os homens se queimaram com o intenso calor, e blasfemaram o nome de Deus, que tem autoridade sobre estes flagelos, e nem se arrependeram para lhe darem glória… e blasfemaram o Deus do céu por causa das angústias e das úlceras que sofriam; e não se arrependeram de suas obras…os homens blasfemaram de Deus porquanto o seu flagelo era sobremodo grande” (Apocalipse 16:9, 11, 21).

Ainda assim, as escrituras dizem que em meio a esses tempos terríveis, outras pessoas irão se voltar para o Senhor em arrependimento. Os desviados e os mornos, aqueles que experimentaram a palavra de Deus, Deus irá convencer e trazer para Si. Então a profecia de Ezequiel irá se cumprir: “Eu te resgatarei da orgulhosa apostasia”.

“E queimarão as tuas casas a fogo, e executarão juízos contra ti, aos olhos de muitas mulheres; e te farei cessar de ser meretriz” (Ezequiel 16:41, meu itálico). O julgamento a esse tempo será tão avassalador, que toda a humanidade irá perceber que essa é a hora do “é, ou não é”. Nesse momento, Deus irá sacudir e agitar todo apóstata que O conheceu, e lhe mostrar a apostasia do seu coração. Muitos pastores desviados serão levados novamente à cruz, saindo da preguiça para pregar arrependimento, retidão e justiça. Será uma obra sobrenatural, uma manifestação da graça de Deus a qual será evidente para todo o mundo.

Enquanto isso, Alá irá fracassar ao tentar livrar seus adoradores das taças de fúria. Multidões de adoradores hindus serão esmagados após os seus milhões de divindades fracassarem. Na realidade, o mundo todo dirá, “Estes julgamentos são sobrenaturais”, e incontáveis pessoas irão clamar por Cristo. (Nós já vimos isto acontecer, depois do tsunami devastador no Extremo Oriente.)

“Estabelecerei a minha aliança com você, e você saberá que eu sou o Senhor. Então, quando eu fizer propiciação em seu favor por tudo o que você tem feito, você se lembrará e se envergonhará e jamais voltará a abrir a boca por causa da sua humilhação. Palavra do Soberano, o Senhor” (Ezequiel 16:62:63).

Deus está nos dizendo, em resumo: “Apesar de toda a sua apostasia, de toda a sua rejeição em relação a Mim, de todos os seus retrocessos – na hora da aflição que virá sobre a terra, Eu me lembrarei da aliança que fiz contigo na sua juventude”. Em outras palavras, tudo isto acontecerá por causa da Sua misericórdia sobrenatural.

Amado, esta é a Nova Aliança, feita no calvário. Pense nisto: Jesus veio a um mundo que estava em total apostasia, morto em ritualismos, limitado pela corrupção. Ele não veio como resposta às orações dos homens, porque muito poucos O procuravam. O mundo naquele tempo adorava ídolos e falsos deuses, tal como a humanidade faz hoje. Israel era apóstata. A vinda de Cristo foi um puro ato de misericórdia, imerecida por todos.

Eu acredito que uma grande colheita de almas ainda irá acontecer na moderna Sodoma. Por todo o mundo, igrejas serão abençoadas e maravilhadas pelo remanescente de crentes famintos que virão de todas as nações. Esses irão reconhecer a voz do Senhor, O qual estará dizendo, “Estou te reconduzindo de volta ao teu começo em Mim”. E os seus corações irão despertar, respondendo, “Senhor, leva-me ao meu primeiro amor por Ti.”

por: David Wilkerson

Publicado com permissão de:World Challenge, Inc.
PO Box 260
Lindale, TX 75771
www.worldchallenge.org

Deixe sua opinião