“Inimigo número 1” de Deus na Bíblia vira vilão em filme de ficção científica

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baalO arqui-inimigo de Deus na Bíblia é o mais novo vilão da ficção científica – e não estamos falando do Diabo. Uma produção do canal de TV a cabo Sci-Fi, que estreia nesta terça (7), às 23h, transformou o antigo deus cananeu Baal, cujo culto idolátrico seduzia os israelitas no Antigo Testamento, no pivô de sua trama.O filme “Ba’al: o deus da tempestade”, que será exibido simultaneamente em vários países da América Latina, é um thriller arqueológico no qual dois pesquisadores tentam recuperar amuletos místicos e evitar que a divindade – a qual teria sido derrotada por seu pai – recupere seus poderes e arrase o planeta com desastres climáticos.

Em entrevista coletiva por telefone, os protagonistas do filme – o americano Jeremy London, que interpreta o arqueólogo Dr. Helm, e a canadense Stefanie von Pfetten, que faz a linguista Carol Gage – dizem que a trama aborda apenas o lado mitológico de Baal, e não sua relação com os personagens bíblicos. “Essa fascinação com outros mundos é atemporal, sempre existiu e sempre vai existir”, diz Von Pfetten. “A mitologia é sempre uma fonte de imaginação muito interessante, e é legal ver como os antigos mitos interagem com a história moderna”, diz London.

Samba do crioulo doido

Ainda bem que os participantes da produção enfatizaram o lado fantasioso do filme, porque a trama realmente só usa os mitos originais sobre Baal (ou Ba’al; as duas grafias são possíveis) como um vago pretexto para a história. Para começar, o Baal do filme é um deus sumério (antiga civilização da Mesopotâmia, o atual Iraque), enquanto o Baal bíblico é venerado por culturas totalmente diferentes, nativas da Palestina, do Líbano e da Síria.
A linguista vivida por Von Pfetten também precisa descobrir a localização dos amuletos ligados a Baal decifrando o famoso Rolo de Cobre, um dos chamados Manuscritos do Mar Morto. O detalhe, porém, é que o Rolo de Cobre foi decifrado há décadas e não contém menção alguma a Baal, divindade que já tinha sido praticamente esquecida quando o texto foi escrito no começo da Era Cristã. Mas, de fato, o texto do Rolo de Cobre fala de um fabuloso tesouro, talvez retirado do Templo de Jerusalém.

Fonte: G1

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